Paralisação acontecerá simultaneamente nos 24 hospitais regionais do Rio Grande do Norte, mas haverá uma concentração em frente ao Hospital Walfredo Gurgel, o maior do estado
Servidores públicos que trabalham em hospitais da rede estadual de saúde agendaram para a manhã desta terça-feira, 9, uma mobilização que vem sendo denominada de “Operação Apagão”. A ação, segundo apurou o Agora RN, consiste em uma paralisação no atendimento nas unidades hospitalares até que o Governo do Estado anuncie o calendário de pagamento dos salários atrasados.
Os funcionários estaduais da saúde estão em greve desde o dia 13 de novembro. Nesta segunda-feira, 8, o governo completou o pagamento da folha de novembro, depositando os salários dos servidores que ganham mais de R$ 4 mil. A gestão, contudo, não tem previsão de quando vai quitar folha de dezembro e décimo terceiro.
Segundo Carlos Pinto, técnico administrativo lotado no Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim, a operação Apagão terá início nas primeiras horas da manhã, quando terminará o plantão da noite dos servidores. “O plantão terminará às 7h, e não vai ter quem renda os servidores pela manhã. Os servidores irão, mas ficarão mobilizados na frente dos hospitais”, adiantou o servidor, acrescentando que, na medida do possível, os servidores irão estender o plantão noturno.
Ainda de acordo com o funcionário, a paralisação acontecerá simultaneamente nos 24 hospitais regionais do Rio Grande do Norte, mas haverá uma concentração em frente ao Hospital Walfredo Gurgel, o maior do estado. “Os servidores estão atônitos, estamos muito preocupados, numa verdadeira situação de pânico. O atendimento, que já está prejudicado por causa da greve, vai ser agravado”, destaca Carlos Pinto.
Por meio da assessoria de imprensa, a direção do Hospital Walfredo Gurgel confirmou que tem conhecimento da manifestação.
O Agora RN procurou ainda o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde/RN) para confirmar se a entidade apoia o movimento. A Secretaria de Saúde Pública (Sesap) também foi procurada. Até o momento, porém, nenhum dos dois órgãos atendeu aos telefonemas da reportagem.
Fonte: Agora RN