Deputado federal Rogério Marinho
O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) criticou as últimas administrações municipais de Natal durante discurso realizado ontem (27), na Câmara dos Deputados. Para o parlamentar, os recentes resultados educacionais obtidos pelo município deveriam ter sido “amplamente divulgados”, para que o problema fosse discutido.
“Em Natal, somos campeões em falta de qualidade educacional. Passamos por vexames de ter um dos piores ensinos entre todas as capitais do país, segundo dados do IDEB e Prova Brasil, do MEC. Mas isto não é amplamente divulgado. O que manda é a política de avestruz nas últimas administrações municipais na educação”, disse.
Rogério utilizou o exemplo de Natal para afirmar que a melhoria do ensino deve ser uma iniciativa tomada pelas Prefeituras. Entre as sugestões apresentadas pelo deputado para o setor está o incentivo ao mérito, garantia de apoio pedagógico, administrativo e financeiro.
Para o parlamentar, “é necessário e imprescindível substituir a pedagogia do fracasso reinante em Natal pela pedagogia do sucesso, pelo mérito e pela responsabilização dos agentes públicos”.
O deputado também estendeu suas críticas a atuação do governo federal com relação ao sistema público de ensino. Segundo Rogério, “a realidade de penúria do ensino brasileiro é contrastante com a pesada propaganda governamental, onde reina de forma absoluta o ufanismo e a ilusão a respeito do combalido sistema educacional nacional”.
Rogério Marinho aproveitou ainda para denunciar a atitude do Palácio do Planalto, que evita a votação do Plano Nacional de Educação por não querer investir mais recursos neste setor. O governo federal “rejeita e luta bravamente contra o investimento de 10% do PIB em Educação”.
Por fim, o deputado destacou a importância do país dar um salto na qualidade da educação, caso contrário, o Brasil estará fadado “ao subdesenvolvimento e à subserviência internacional. Sem educação de qualidade, seremos um gigante adormecido, letárgico. É preciso uma verdadeira Reforma Educacional no Brasil”.