Em 2008 o professor Flaviano Monteiro perdeu as eleições por 543 votos de diferença, mas a matemática na política funciona com o voto dobrado, ou seja, para cada eleitor que deixa de votar em um candidato para votar em outro promove diferença de dois votos, portanto, caso Flaviano tivesse conseguido reverter 272 votos em seu favor tinha ganhado as eleições, com 1 voto de diferença.
Mas onde estou querendo chegar?
Na política, como meu amigo Josenias Freitas vive insistindo, temos que somar, sem jamais afastar, diminuir ou dividir.
E para que você possa somar, às vezes é preciso ceder, ouvir, e até voltar atrás.
Quem quer pegar a galinha não chega ‘enxotando’, é preciso ter muita habilidade. Na política é igualzinho.
O presidente do PCdoB sabe disso!!
O vice-presidente não sabe!!
Flaviano recentemente conversou com Dr. Pinheiro e chegou a admitir a possibilidade de não lançar sua candidatura, caso o médico apresentasse melhores condições de administrar o Apodi e de vencer as eleições.
Hora nenhuma ele falou em ser vice de ninguém, nem muito menos que não disputaria as eleições. Algo muito normal para um jovem que aprendeu a ser político conversando com o povo.
Eu sei que deve ser chato e até deprimente ouvir Dr. Pinheiro e seu grupo espalhar essa notícia pelos quatro cantos do Apodi, sem nunca admitir o contrário. Evangelista fez questão de dizer que Flaviano admitia apoiar Dr. Pinheiro, mas nunca admitiu que eles também poderiam apoiar Flaviano caso fosse a vontade do povo.
Mas aí já são outros quinhentos…
O PCdoB teria que fazer o seu dever de casa. E Flaviano estava fazendo direitinho… até que Pedro Filho resolveu ‘melar’ o negócio, e apressou-se em dizer que o PCdoB teria candidato a PREFEITO e não a VICE.
Pedro Filho deveria ter sido ‘mais político’ e dito: “Se for da vontade do povo de Apodi, o PCdoB terá candidato a prefeito”, e admitido: “como também se o povo achar melhor lançarmos candidato a vice, então lançaremos candidato a vice.”
Não teria doído nenhum pouquinho, muito pelo contrário, talvez não tivesse dado ‘motivos’ para muito gente sair reclamando.
Muita gente acredita que foi esse ‘lado xiíta’ do partido que espantou, ou não soube conquistar, os 272 votos que faltaram em 2008.
E o pior é que esse ‘lado xiíta’ pensa que se não tivessem agindo assim desde o começo, o professor Flaviano jamais teria alcançado os quase 11 mil votos naquela eleição.
Se bem que… eles podem ter razão. O que não quer dizer que devam agir sempre assim. Cada eleição é uma história diferente a ser contada.
