Legislar é uma atividade nobre, uma função outorgada pelo povo e que deve ser exercida com zelo, responsabilidade e compromisso com o interesse coletivo. Neste início de novo mandato, é natural que os ânimos estejam exaltados e que a vontade de demonstrar trabalho se faça presente. No entanto, é fundamental que esse entusiasmo não comprometa a seriedade do processo legislativo nem gere confusão na população.

As proposições apresentadas no parlamento devem ser fruto do diálogo com a sociedade, pois é ela que sente, na prática, os impactos das decisões tomadas. Leis e requerimentos não devem ser meras respostas a acontecimentos pontuais, tampouco instrumentos de autopromoção política. É essencial que as ideias colocadas no papel sejam analisadas com cautela e atendam, de fato, aos anseios reais da população.
Diante disso, cabe à maioria da Câmara impor critérios e barrar projetos que não tenham justificativa plausível, redundantes, inoportunos ou que não tragam benefícios concretos para a cidade. A aprovação de proposições não pode ocorrer apenas por laços de amizade ou alinhamento político-partidário. Legislar é coisa séria!
Chegou a hora de o parlamento de Upanema compreender que nem todo requerimento deve ser aprovado, especialmente aqueles que sugerem ações já executadas pelo Executivo ou que, ao invés de contribuir para o desenvolvimento da cidade, podem gerar tumulto desnecessário.
Que o poder legislativo cumpra seu papel com responsabilidade, respeitando a confiança depositada pela população e agindo com discernimento em suas decisões.