Na última semana, o município de Upanema enfrentou sérios transtornos devido à interrupção no fornecimento de água, causada por problemas na adutora que abastece a cidade e as comunidades rurais. O abastecimento foi suspenso para a realização de uma manutenção emergencial na adutora, mas, após o religamento do sistema, um novo vazamento prolongou ainda mais o desabastecimento, afetando todos os bairros da cidade e as localidades de Bom Jesus, Poré, Bo’água I e II.
O serviço de manutenção foi realizado na segunda-feira (2), com a previsão de que o fornecimento de água fosse restabelecido em 72 horas, com religamento previsto para terça-feira (3), às 17h30. No entanto, após a retirada do vazamento e o religamento da adutora, surgiu um novo problema, o que ampliou o prazo de normalização do abastecimento para a noite de sábado (7).
Além das falhas no abastecimento, a situação é ainda mais agravada pela falta de investimentos em locais que aguardam há anos pela instalação da rede de abastecimento de água. O descaso com essas localidades, que ainda dependem de soluções alternativas para o acesso à água, tem gerado crescente insatisfação entre a população.
Em resposta a essas falhas, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN), por meio da Promotoria de Justiça de Upanema, iniciou uma investigação sobre a omissão da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) em relação aos problemas na infraestrutura de abastecimento. A investigação visa apurar a responsabilidade da empresa pela negligência na manutenção do sistema e pela falta de soluções definitivas para a questão do desabastecimento.
A Caern, que continua a operar no município, tem gerado críticas por seus altos lucros e pela política de salários milionários pagos aos seus diretores, em contraste com a precariedade dos serviços prestados à população de Upanema.
A população de Upanema continua aguardando uma solução urgente e eficaz para a crise no abastecimento de água, que compromete a qualidade de vida e o bem-estar de todos.