A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, confirmou nesta terça-feira (8/11) um convite para que o MDB integre a equipe de transição para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A sigla, da qual a senadora Simone Tebet faz parte, foi aliada de Lula durante o segundo turno da campanha eleitoral.
“Gostaríamos muito que o MDB participasse desse conselho político do governo de transição para a gente discutir as questões programáticas, o que vem pela frente, as dificuldades que podemos ter”, disse Gleisi Hoffmann.
A formalização do convite foi anunciada em Brasília, ao lado do presidente nacional do MDB, Baleia Rossi. Os dois estiveram reunidos na sede do partido, na Câmara dos Deputados, na manhã desta terça.
De acordo com o presidente da sigla, há uma tendência no partido em colaborar com a transição, mas ainda será feita uma consulta aos líderes do partido para dar uma resposta formal ao PT. “É uma decisão que não vou tomar sozinho. O MDB tem muitos líderes, vou conversar com cada um deles. Mas posso adiantar que vejo no partido um espírito colaborativo”, anunciou Baleia. “Acredito que até amanhã (quarta-feira) teremos essa definição”, acrescentou.
Rossi afirmou ainda que, durante a conversa com o partido petista, foram colocadas à mesa as pautas consideradas “caras”, como, por exemplo, a reforma tributária, que está estagnada no Congresso, e o pacto federativo. O presidente do MDB também mostrou abertura a compromissos de campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 e o aumento real do salário mínimo.
“Acho que é uma pauta que conversa com a sociedade e conversa também com as propostas de Lula para que a economia volte a crescer”, frisou.
O conselho político da transição de Lula terá o apoio de indicados dos nove partidos que apoiaram sua candidatura no primeiro turno: PT, PSB, PCdoB, PV, Rede, Solidariedade, PSol, Pros, Avante, Agir. O PDT, que o apoiou no segundo, também compõe o grupo.
Metrópoles