Responsável pela fraude foi preso pela Polícia Civil no âmbito da “Operação Sucata”, deflagrada para identificar receptadores de materiais de cobre nesta quarta-feira (3)
Equipes da Neoenergia Cosern, com apoio da Polícia Civil, identificaram e desativaram uma ligação clandestina de energia, o popular “gato”, em uma sucata no Bairro de Santos Reis, em Parnamirim, nesta quarta-feira (3).
O local foi um dos alvos da 7ª fase da “Operação Sucata”, uma ação integrada realizada pela Polícia Civil junto ao Corpo de Bombeiros e à Secretaria de Estado da Tributação (SET) com apoio da Neoenergia Cosern.
As ações ocorreram de forma simultânea em Natal e Região Metropolitana, além de Areia Branca, na Região Oeste, com o objetivo de fiscalizar ferros-velhos, reprimir a sonegação fiscal e a receptação de materiais comercializados nesses estabelecimentos, entre eles fios de cobre da rede elétrica.
Somente na semana passada, foram furtados 11,5 quilômetros de cabos da rede elétrica (o equivalente a 55 vãos entre os postes) nos municípios de Areia Branca, Porto do Mangue e Grossos. De 1 de janeiro a 24 de julho de 2022, o Centro de Operações Integradas (COI) da Neoenergia Cosern registrou 2.031 interrupções no fornecimento de energia elétrica provocadas por furtos de cabos da rede –configurando aumento de 449% em relação ao mesmo período de 2021.
O responsável pela sucata em Parnamirim, um homem de 62 anos, foi preso por agentes da Polícia Civil e conduzido ao 1º Distrito Policial do município. Ao longo de 2021, seis pessoas foram presas pela polícia em todo o território potiguar furtando energia.
O gato de energia é crime previsto no Artigo 155 do Código Penal e a punição para o responsável pela fraude ou furto pode chegar a oito anos de reclusão. Além de crime, o “gato” representa risco de morte a quem faz e a quem está próximo. A ligação clandestina também provoca perturbações no fornecimento de energia da região e pode causar a queima de eletrodomésticos dos vizinhos.
“É muito importante que os potiguares saibam que todos nós pagamos pelo prejuízo causado por esse tipo de crime”, lembra Gilmar Mikeias, gerente de Recuperação da Receita da Neoenergia Cosern.
“Todos os anos, no momento de calcular o valor do reajuste tarifário, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) inclui no cálculo um percentual relativo à essas perdas”, complementa o gerente.
Números e prejuízo dividido
De janeiro a junho de 2022, a Neoenergia Cosern identificou e desativou 4.424 irregularidades (fraudes, furtos e defeitos) em todo o Rio Grande do Norte. Esse número representa alta de 139% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram desativadas 1.844 irregularidades.
O volume de energia recuperado com a Operação Varredura neste período foi de 11,3 milhões de kWh. Esse quantitativo é suficiente para abastecer, por exemplo, um município do porte de Macaíba por 30 dias (78 mil unidades consumidoras). O consumo médio mensal de uma residência potiguar é de 150 kWh.
Ao longo de 2021, foram recuperados mais de 46 milhões de KWh com as ações da Operação Varredura. Essa energia seria suficiente para abastecer todo o estado do Rio Grande do Norte por dois dias e meio. A quantidade de energia subtraída da rede iluminaria Natal por 11 dias ou Mossoró durante 21 dias.
Fraude e furto
A fraude é quando o consumidor já é cliente da Neoenergia Cosern e manipula o medidor de energia com o objetivo de reduzir o consumo faturado. O furto consiste em desviar energia diretamente da rede elétrica sem a medição do consumo e o conhecimento da distribuidora.
Os consumidores que se sentirem lesados com essa prática criminosa (uma vez que o prejuízo causado pelos desvios é dividido por todos) podem denunciar, de forma anônima, por meio do telefone 116. Há ainda, como canais de recebimento de denúncias, o número de WhatsApp (84) 3215-6001 e o site da Neoenergia Cosern www.neoenergiacosern.com.br
Fotos: Neoenergia Cosern/Divulgação