ELEIÇÕES NO RN SÃO MARCADAS PELA FORMAÇÃO DE ALIANÇAS CONFUSAS

Mais do que nunca a coerência na formação de alianças no Rio Grande do Norte está em baixa. Os palanques que estão sendo formados são confusos e uma mistura que transcende a lógica do eleitor.

Veja o caso da governadora Fátima Bezerra (PT). Ela deixou o discurso antioligárquico de lado e se juntou aos Alves. O vice dela será o deputado federal Walter Alves (MDB) que geralmente vota contra os direitos dos trabalhadores na Câmara, seguindo a cartilha neoliberal do governo Bolsonaro. O outro Alves, é Carlos Eduardo (PDT) que além de ter apoiado Jair Bolsonaro no segundo turno de 2018 e agora tem como candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) enquanto Fátima vai de Lula (PT).

Pelo menos Walter já disse que apoia o petista, deixando a candidata do seu partido, a senadora sul-mato-grossense Simone Tebet, de lado.

Por outro lado, o deputado federal Rafael Motta (PSB) manteve o voto em Fátima e Lula mesmo sendo preterido do palanque majoritário governista. Ele vai disputar o Senado em voo solo.

Na oposição, o União Brasil apoia o ex-vice-governador Fábio Dantas (SD) para o Governo e indicará o ex-prefeito de Assú Ivan Junior para vice. Ainda assim o partido não dará apoio integral ao candidato a senador da oposição, o ex-ministro Rogério Marinho (PL).

Marinho ainda terá que dividir apoios importantes, como o do presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), com a governadora Fátima Bezerra.

O PSDB está praticamente fechado em sua totalidade com ex-ministro, mas dividido entre Fátima e Fábio e por isso não vai se coligar na majoritária.

O PP será obrigado a se coligar com o Solidariedade, mas o partido já decidiu que os seus filiados poderão subir no palanque que desejar.

A ciência política terá uma aula aberta no Rio Grande do Norte sobre a diferença entre apoio formal e aliança real, que se apresenta nos palanques.

Falta coerência nas alianças, mas sobram amores não correspondidos e apoios pela metade. Tudo ao sabor das conveniências e da sobrevivência política.

O eleitor assiste a tudo isso atordoado.

Por Bruno Barreto

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