FÁTIMA CAMINHA PARA DERROTAR A IMPRENSA MAIS OPOSICIONISTA DA HISTÓRIA DA REDEMOCRATIZAÇÃO DO RN

A cada pesquisa, uma certeza – a Governadora Fátima Bezerra caminha para se consolidar vitoriosa. Fátima pegou um Estado em Grave Crise Fiscal, atravessou uma Pandemia que, ao contrário do que foi espalhado – o texto é também sobre isto -, não recebeu uma quantidade de recurso superior do que de administrações anteriores e teve de empregar verbas próprias e enfrenta a imprensa mais oposicionista desde a redemocratização no RN.

A mídia local sempre foi afinada majoritariamente com os governos locais. Claro, um braço de oposição se fazia presente. Por exemplo: o grupo de comunicação de José Agripino contra Garibaldi ou contra Wilma de Faria. Só que tudo pendia a favor do gestão do momento pelo poder de atração de sua comunicação.

Com Fátima é diferente e a explicação está na correlação de forças. Enfrentando um engajamento ímpar da presidência contra um Governo no RN, a lógica foi alterada. A máquina da União é infinitamente mais forte do que a do RN. Não tem comparação. Até quem é patrocinado pelo governo, abre espaço, pela proximidade maior com o bolsonarismo, para notícias em que a história contada pela metade leva a erro, aliás, um erro que produz uma avaliação errônea da ação estadual. O contraditório acaba não recebendo espaço semelhante.

Foi assim durante a Pandemia nas terras de Poti. O Governo Estadual foi quem mais abriu leitos por aqui, conforme o próprio ministério da saúde. No entanto, as mentiras se tornaram cotidianas. A sustentação da distribuição de remédios ineficazes gerou mortes – um crime coletivo que ninguém quer mais lembrar -, o desleixo federal era conhecido, mas foi protegido e até sustentado, enquanto Fátima era limada.

A petista enfrenta um noticiário negativo diário em que até a verdade é usada para tentar enfraquecê-la. Nenhuma nuance é ponderada. Se algo deu certo, ela não teve participação. Se deu errado, é tudo culpa dela.

Ter uma linha editorial de oposição é da democracia e há gente séria que fez esta escolha. Não tem como jogar todo mundo no mesmo pacote. Só que alguns veículos perderam a noção do limite e a relação entre fatos, desejos e objetivos.

O histrionismo bombou e segue bombando – apelidos, desrespeitos contra uma autoridade e piadinhas foram alçados a condição de opinião que merece ir à público sem freios. Pessoas sem currículo e, principalmente, sem conteúdo ganham todo o espaço se tiverem a coragem de atuar com base na arruaça e na simplificação grosseira. O RN já teve grandes articulistas e ainda tem. Mas uma parte se aposentou e outra foi invisibilisada pelas suas qualidades e pontos de vista. Opinião virou selva.

As pesquisas estão demonstrando que nada disso está funcionando. Na prática, quem enveredou por tal caminho gastou a credibilidade e se encontra agora com a marca na testa da parcialidade. Pela falta de sutileza, pela carência de se amparar na realidade, perdeu a capacidade de exercer influência no debate público estadual.

Se continuar assim, um grupo vai sair menor do que entrou em 2019. Restará claro que alardeia uma força que não tem.

Blogue do Barreto

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