No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia ou a seis prematuros a cada 10 minutos. Os dados do Ministério da Saúde de 2020 ainda revelam que mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus.
Sabendo disso, o médico neonatologista do Sistema Hapvida Saúde, Dr. Maiton Fredson explica o que pode ser feito para evitar a prematuridade. ”O pilar mais importante durante a gravidez é o acompanhamento pré-natal. São nesses momentos das consultas que o obstetra irá ter o conhecimento do histórico ginecológico dessa futura mamãe. Saber se tem um mioma uterino, anormalidades no útero, histórico de abortos anteriores, são alguns dos quadros clínicos necessários levantados para avaliação”, explica o especialista.
Além de precisar realizar um planejamento, é essencial que a mulher mantenha o seu especialista informado para que ele possa prevenir e atuar para evitar um parto antes do tempo ideal. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os níveis de prematuridade variam em: pré termo extremo (menos de 28 semanas); muito pré termo (28 a 32 semanas); pré termo moderado (32 a 37 semanas) e pré termo tardio (34 a 37 semanas).
Quando a criança não completa o desenvolvimento, na etapa gestacional, e nasce antes da hora, pode ter complicações para respirar, regular a própria temperatura e se alimentar. ”A mamãe deve cumprir todas as etapas de atendimento com o acompanhamento do profissional especializado para receber a devida assistência em casos de diabetes gestacional, hipertensão arterial própria da gravidez ou infecções urinárias, por exemplo. Nesses casos, a atuação clínica é essencial para minimizar os riscos”, enfatiza Dr. Maiton Fredson.