Detentas do sistema prisional do Rio Grande do Norte já produziram 15 mil mudas de caju para serem doadas a agricultores que tiveram os cajueiros dizimados pele seca.
A iniciativa faz parte do projeto “Cultivando a Cidadania” da Secretaria da Administração Penitenciária (Seap), da Secretaria de Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) e da Emater, com apoio da Vara de Execuções Penais de Mossoró (VEP).
A produção acontece no canteiro construído na Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró. Quinze internas trabalham nos canteiros de plantio das castanhas de caju, realizando também toda manutenção e enxerto das plantas.
A Vara de Execuções Penais da Comarca de Mossoró contribuiu com recursos arrecadados de prestações pecuniárias para a construção da estufa com mil metros quadrados. A estrutura foi construída utilizando mão de obra carcerária capacitada pela Seap através de curso de pedreiro de alvenaria ministrado pelo Senai.
De acordo com a Seap, as mudas sairão da penitenciária diretamente para as mãos de agricultores familiares que necessitam das políticas públicas. O projeto não tem fins lucrativos e as mudas serão distribuídas de forma gratuita em data a ser definida. O Governo do Estado estima que com a seca prolongada mais de dez milhões de cajueiros foram dizimados no RN.
As detentas voluntárias estão sendo capacitadas pela Emater e, a cada três dias na lavoura, um será remido da pena. O diretor do estabelecimento prisional, policial penal Márcio Morais, explica que o trabalho no sistema prisional é fundamental para a ressocialização do indivíduo. “Esse projeto visa a ressocialização de internas que cumprem pena no Complexo Penal Doutor Mário Negócio, assim como fortalecer a caju cultura do Rio Grande do Norte”, disse.
G1RN