Lei determina ainda que o comerciante deverá manter uma reserva de canudos plásticos individuais para uso específico de pessoas com deficiência
O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado, na edição desta quarta-feira, 17. A lei determina ainda que podem ser utilizados canudos biodegradáveis e que o comerciante deverá manter uma reserva de canudos plásticos individuais para uso específico de pessoas com deficiência.
Em caso de descumprimento à determinação da lei, pode acarretar na aplicação de multas, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.
O comerciante do Six Bar, Júlio César do Nascimento, 24 anos disse que a demanda de canudos é alta e que a lei vai influenciar os estabelecimentos. “Qualquer refrigerante, água, suco que o cliente compra já pede um canudo. Muita gente não quer andar com um copo, prefere canudo”, declarou.
A dona do restaurante Lá de Nóis, Maria Odete, 57 anos declarou que aprova a medida e que vai convencer os clientes a usarem copos de vidro. “Para mim, não vai fazer falta. Antes da lei eu tinha renovado o estoque, mas a partir de agora vou tentar convencer o cliente a utilizar copos de vidro”, frisou.
Francisco da Costa é um deficiente físico e mental. Sua irmã conta que a movimentação do lado esquerdo do seu corpo é comprometida e que em algumas situações ele precisa usar o canudo. “Ele consegue usar o copo na mão esquerda, e em alguns momentos, como beber água de coco, ele preciso do canudo. Que bom que temos a opção dos biodegradáveis”, declarou ela.
Na visão do agente de limpeza, Edivaldo Félix de Lima, 48 anos esta é uma medida adaptável. “Eu prefiro o copo ao invés de canudo. Acredito que não vá fazer tanta falta, pois o canudo é apenas uma opção que temos”, declarou.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do RN (Abrasel), Artur Fontes, explicou que o intuito é que se promova uma campanha para que se corte o uso do canudo. “É preciso educar o cliente de forma geral, tanto a nível governamental como empresarial com um trabalho educativo, pois ainda há incompreensão por parte de alguns comerciantes”, declarou.
Artur acrescenta ainda que o custo do canudo biodegradável ainda é alto. “Aqui no RN não tem a produção desse material, mas as vendas já iniciaram vindos de outros estados, mas ainda de forma tímida”, concluiu.