Renan Calheiros continua com o jogo de sempre. Ele é craque em embaralhar as cartas e confundir parceiros e adversários. É um zigue-zague que ele encena em todos os governos.
Fernando Henrique e Lula tiraram de letra. A confusa Dilma Rousseff ficou ainda mais tonta. Até hoje ela não entendeu se Renan a ajudou ou lhe deu uma rasteira.
Michel Temer e seu entorno, pela longa convivência, não subestimam, mas também não pagam pelo valor de face, as apostas e desafios de Renan. Mas sempre cedem um pouco.
Renan agora adotou como bandeiras o combate à terceirização irrestrita na economia e ao modelo de reforma da Previdência. Também é quem articula uma reação parlamentar à ofensiva da Lava Jato.
Chegou a postar um vídeo nas redes sociais em que detona as reformas e medidas econômicas do governo Temer. Assim, agrada a petistas e aliados. Estaria se tornando um líder da oposição? Neca de pitibiriba.
“Convivo há anos com Renan. Até para nós ele é uma esfinge. A gente nunca sabe exatamente qual é o jogo dele”, disse um senador da cúpula do PMDB, em uma conversa informal, para minha surpresa.