Sete pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), por envolvimento no planejamento e morte do radialista Gleydson Carvalho, assassinado no último dia 6 de agosto, em Camocim, a 379,3 km de Fortaleza. A principal suspeita é que o radialista teria sido morto por fazer denúncias e críticas em seu programa à gestão de municípios da região, na Rádio Liberdade FM. Conforme o Ministério, “as evidências de pistolagem são veementes”. Três pessoas já haviam sido presas por suspeita de envolvimento no crime. O MPCE acredita que há outras pessoas envolvidas no crime e espera que uma quebra de sigilo bancário revele quem financiou a constratação dos pistoleiros.
Entre os acusados está João Batista Pereira da Silva, 43, agricultor e tio do prefeito de Martinópole (CE), município vizinho à região onde ocorreu o assassinato, e do tesoureiro da cidade, Daniel Lennon Almada Silva, 31, sobrinho de João Batista. Conforme o documento, João é apontado como contratante da dupla responsável pelo crime, enquanto Daniel é o dono da motocicleta utilizada na fuga pelos pistoleiros e, posteriormente, abandonada.
Além deles, Israel Marques Carneiro, 31, Thiago Lemos da Silva, 22, apontados como autores dos disparos, Gisele de Souza Nascimento, 23, Regina Rocha Lopes, 19, e Francisco Antônio Carneiro Portela, 18, envolvidos no planejamento da ação, também foram denunciados. O MPCE pediu ainda a manutenção das prisões preventivas de Gisele e Francisco Antônio, que já estavam detidos, e as conversões das temporárias em preventivas para todos os outros envolvidos na organização criminosa.