Treinador ficou marcado por tratar veículos de imprensa de maneira igual
Dunga deve ser anunciado como novo técnico da seleção brasileira na próxima terça-feira (22), em entrevista coletiva da cúpula da CBF.
O treinador, que já esteve no cargo entre 2006 e 2010, teve críticas pesadas pela eliminação na Copa de 2010, mas também conseguiu resultados importantes com o time.
Fora das quatro linhas, Dunga também oscilou. Se a postura do técnico com a imprensa sempre foi agressiva e um tanto rancorosa, por outro lado ele democratizou o acesso às informações de dentro da seleção.
Caso repita a maneira de lidar com os veículos, a Rede Globo, que sempre leva vantagem em assuntos ligados à CBF, deve sair perdendo.
Durante o Mundial do Brasil, a Globo foi quase uma autoridade na cobertura do time verde-amarelo. Com o rabo preso, os membros da seleção — do roupeiro ao centroavante —, sempre tratavam o canal com preferência e deixavam de lado outros veículos que também têm grande visibilidade na audiência brasileira.
Uma das críticas dos jornalistas aos trabalhos de Felipão foi sobre a falta de treinos da equipe. Nesse ponto, a Globo também tem culpa no cartório. A emissora chegou a parar uma atividade para que o apresentador Luciano Huck gravasse um quadro ao vivo com uma criança de cadeiras de roda. Nesse momento, Neymar se emocionou e abraçou o garoto.
E assim foram os dias na Granja Comary durante a Copa do Mundo. Globais sempre à frente, com os outros jornalistas ‘’apanhando’’ da comissão técnica quando tinham a chance de uma breve conversa.
A volta de Dunga deve resolver esse problema. A mamata da Rede Globo está com os dias contados se o treinador gaúcho assumir, e o torcedor poderá ter as notícias também por outros lados.