SÓ 6 MUNICÍPIOS TÊM INVERNO NORMAL

As chuvas voltaram de forma esporádica ao interior do Rio Grande do Norte no inicio desta semana, no entanto, não mais serão suficientes para caracterizar situação de inverno regular no Semiárido. De acordo com informações da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), até agora só seis municípios tem inverno normal, mas esse número poderá subir até o final de junho, porque a estação chuvosa no Agreste e no Litoral começa na segunda quinzena de maio. Os municípios onde as chuvas atingiram o patamar de inverno normal são Portalegre e Viçosa, na microrregião de Pau dos Ferros; Cruzeta e São José do Seridó no Seridó Oriental; Florânia na Serra de Santana e Jucurutu no Vale do Açu.

O maior volume de chuva entre primeiro de janeiro e 29 de abril foi em Portalegre, onde o pluviômetro registrou 797,2 milímetros. De acordo com os parâmetros da Emparn, o intervalo entre 654,7 e 891 é considerado normal. Para caracterizar um ano “chuvoso” seriam necessários, no mínimo, 892 milímetros. O período chuvoso na microrregião de Pau dos Ferros vai de fevereiro a maio.

Em Viçosa o volume chegou a 673 milímetros. O problema da estação chuvosa de 2014 foi a irregularidade na distribuição das chuvas no tempo e no espaço. Em Riacho da Cruz, vizinho à Viçosa e a poucos quilômetros de Portalegre, o pluviômetro do escritório da Emater marcou apenas 276 milímetros.

Entre às 7 horas de segunda e 7h00 desta terça-feira, a Emparn coletou informações de chuvas em  57 postos de medição. As maiores foram  na Mesorregião Oeste: Upanema (82,3), Mossoró (74,1), Campo Grande (69,8), Apodi (69) e Governador Dix-sept Rosado (59,4). O inverno no sertão termina na primeira quinze de maio, quando começa a temporada de chuvas no Agreste e na Faixa Litorânea. No geral, o quadro do Rio Grande do Norte é este: Muito Seco 144 municípios, Seco 22, Normal 6, Chuvoso e muito chuvoso nenhum. Em 25 municípios não há informações atualizadas sobre chuvas este ano.

Mesmo com a irregularidade das chuvas, haverá pequena safra de graõs no Rio Grande do Norte. No Seridó, os agricultores optaram por plantar capim para salvar o rebanho, nas vazantes de rios e açudes que tomaram água entre março e abril. 

Tribuna do Norte

Deixe um comentário