Em entrevista concedida neste sábado, 19, ao Jornal de Hoje, em Natal, a presidente do PSB, vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria chamou a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), de ‘mentirosa’.
E foi mais além: disse que Rosalba superfaturou a obra da barragem da Oiticica em cerca de R$ 30 milhões.
Em recentes declarações, Rosalba disse que herdou o projeto da Oiticica superfaturado do governo Wilma.
“Ela é mentirosa. Mentira dela sobre a barragem de Oiticica. Cancelei uma licitação que vinha do passado (governos anteriores). Fiz uma licitação que foi a que prevaleceu, inclusive com a mesma empresa, e ela (Rosalba) aumentou R$ 30 milhões na licitação que nós fizemos”, afirmou Wilma.
“Rosalba fica mentindo, e ninguém questiona. Só porque é governadora, ficam paparicando. Tem que investigar. O ex-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) está vivo para contar a história. Os assessores do governo da época dele na área de recursos hídricos também. É só ver a licitação feita na nossa administração. Se houver superfaturamento, foi Rosalba que fez”, contratacou Wilma.
Na semana passada, durante evento municipalista na Assembleia Legislativa, Rosalba afirmou que o Tribunal de Contas do União (TCU) identificou superfaturamento da ordem de R$ 30 milhões na obra de Oicitica, uma barragem que servirá como “pulmão” para o sistema de recursos hídricos do Estado, localizada no município de Jucurutu, no Seridó potiguar.
A declaração de Rosalba se deu num contexto de polêmica com o deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB), que afirmou, no mesmo evento, que Rosalba ursurpava obras feitas com recursos federais, afirmando que eram feitas pelo governo do Estado, e não pelo governo Dilma Rousseff (PT).
Rosalba disse que o projeto superfaturado foi elaborado no governo Wilma de Faria. “No governo passado, o governo federal fez o convênio, só que na hora de iniciar a obra, o TCU detectou superfaturamento da ordem de R$ 30 milhões. Quando eu assumi, fui desatar esse nó grande. Fui ao TCU muitas vezes para que pudéssemos ter o projeto aprovado, com uma readequação, que corrigia essa distorsão”, disse Rosalba.