Houve um tempo não muito distante em que votar contra o prefeito da época era um pecado mortal. Os aduladores e tietes confessos tinham o prefeito como um semideus grego que desceu a Upanema para cumprir sua missão de remir os pecados dos pobres mortais e ensiná-los o caminho do patriotismo municipalista. Os deuses usavam de tanta compaixão pelo povo que não queriam nada em troca, apenas o prazer de ver o povo feliz em ser liderado por uma divindade.
Quem ousava desobedece-los era tido por seus asseclas como um rebelde, ignorante, detrator de sua pátria e alienado. Os tais pousavam como os donos de Upanema e diziam em alto e bom som que somente eles tinham capacidade de governar o município.
Seus principais atributos eram a infalibilidade, a onisciência, a onipotência e onipresença. Quem não cansou de ouvir alguns divulgarem tais características nas ruas de nossa cidade? O poder era tão grande que pelo atributo da onisciência previam que iriam passar 20 anos ininterruptos no poder. A arrogância e a prepotência foram a causa de sua queda e o povo deu o troco.
Hoje o inconformismo é grande. Também, não podia ser diferente. Não é fácil se achar o todo poderoso e de repente se ver completamente derrotado, não é fácil pra ninguém. Por esse motivo dou um desconto no desespero sentido por essa meia dúzia de pessoas que ainda não entenderam que perder também faz parte do aprendizado.
A atual administração tem mostrado, pelo menos no início de seu mandato, que também é capaz de governar o município. Com os “pés no chão” e contas equilibradas, o prefeito Luiz Jairo tem sido bem avaliado pela população nesses primeiros oito meses de mandato.
Fonte: Blog do Professor Josiel Gondim