Principal financiador da Copa do Mundo, o Governo Federal esvaziou a tribuna de honra do Maracanã na decisão da Copa das Confederações. A presidente da República, Dilma Rousseff, não compareceu, nem o vice-presidente Michel Temer, nem nenhum de seus principais auxiliares. Do alto escalão, apenas o ministro do esporte, Aldo Rebelo, que cuida diretamente da organização da competição.
Logo após o título da equipe de Felipão, no entanto, ela soltou uma nota parabenizando a seleção brasileira pela conquista do título. “Neste dia histórico para o futebol brasileiro, envio meus parabéns a todos os jogadores e à equipe técnica da nossa Seleção pela conquista do tetracampeonato da Copa das Confederações. Nesta campanha memorável, nossos atletas mostraram alegria, criatividade, espírito de equipe e união que conquistaram todos os brasileiros e proporcionaram ao mundo um grande espetáculo. Me somo hoje a todos os brasileiros na comemoração dessa grande vitória”, diz o comunicado da presidente.
Também foi simbólica a ausência do ex-jogador Pelé, embaixador do governo para a Copa-2014. Sem o governo, a final da competição virou uma festa só de cartolas e de políticos locais. Estiveram presentes o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o governador Sérgio Cabral, e também o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
Vaiada na abertura, Dilma só foi a um jogo durante a competição. Desde então, ela passa por uma crise de popularidade por conta dos protestos nas ruas que pedem por mais educação, saúde, transporte, e também criticam investimentos na Copa-2014. A ausência da presidência causou surpresa em cartolas da Fifa que esperavam que ela pudesse capitalizar uma entrega da taça – chefes de estado da Alemanha e da África do Sul entregaram o troféu.
Por sua vez, Pelé já tinha se ausentado da partida inaugural, alegando compromissos com seus patrocinadores. Ele havia dito que estaria presente na decisão. Mas assessoria dele alegou que o cancelamento de compromisso com um patrocinador e a presença no Brasil de suas filhas que moram nos Estados Unidos fizeram o “Rei” preferir passar o fim de semana em seu sítio.
Principal figura do governo federal presente, Rebelo preferiu sentar-se com uma distância do presidente do COL (Comitê Organizador Local), José Maria Marin, como já fizera em oportunidades anteriores. O cartola brasileiro ficou ao lado do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que liderou um grupo de mais 11 membros do Comitê Executivo da entidade. O comandante da federação internacional foi vaiado de forma tímida quando seu nome foi anunciado. Fora eles, havia cantores, e personagens do mundo do futebol.
Durante a cerimônia de premiação, Marin tentou colar sua imagem na dos jogadores, que eram intensamente aplaudidos. Marin fez questão de beijar e abraçar todos os jogadores, na entrega de medalhas e das premiações de melhores. Ao ouvido de Neymar, ele falou: “Obrigado.” O ministro Aldo Rebelo também participou da premiação e cumprimentou os jogadores, dando um abraço no técnico Luiz Felipe Scolari.
Fonte: do UOL, no Rio de Janeiro