O jornal inglês The Guardian criticou a embrulhada sobre o estado das obras no Maracanã e o Brasil após a suspensão – seguida de confirmação, horas depois – do amistoso entre Brasil e Inglaterra. Ressaltou: “A nação está humilhada e frustrada com os gastos excessivos e os atrasos que atormentam a realização da Copa de 2014″, atacando: “O Maracanã passou por luxuosas reformas, sugando quase R$ 2 bilhões dos cofres públicos e passando a impressão de que a nação abençoada com o mais vitorioso futebol está também amaldiçoada por uma das piores corrupções e burocracias”.
O jornal frisou, ainda, que o estádio deveria ser inaugurado em dezembro de 2012, consoante os prazos iniciais, mas foi inaugurado, após as reformas, apenas no mês passado.
“Os problemas com o Maracanã são sintomas de uma causa mais ampla da preocupação sobre a realização da Copa no Brasil”, destacou. Salientou a “falência da burocracia” no Brasil e os problemas de segurança apresentados pelo estádio, referindo reportagem do Estado, a qual transcreve frase segundo a qual não há provas de que o estádio oferece condições de segurança plausíveis para abrigar eventos esportivos.
O periódico citou, também, imbróglios relativos a outras planejadas sedes da Copa de 2014, como São Paulo, Porto Alegre e Salvador.
Lígia Ferreira é analista de sócio-mecanismos – Extraído da Folha Política