Com o tema “Quebre o silêncio”, a “Marcha das Vadias” teve a sua terceira manifestação em São Paulo. Ocorrida no dia 25/05, buscou, segundo as organizadoras, incentivar que as mulheres denunciem a violência a que são submetidas.
Como é tradicional, pediram autonomia sobre seus próprios corpos e rechaçaram a ideia de que a violência contra as mulheres poderia ser justificada pelas roupas que utilizam ou mesmo pelo comportamento das mesmas. Foram distribuídos “cartões de emergência”, com contatos de delegacias da mulher, da central de atendimento à mulher (número 180) e do Hospital Pérola Byington (o qual atende mulheres em situação de violência sexual).
Segundo a participante Luana Rodrigues Silva, “A gente quer mostrar que as mulheres são livres, que a palavra vadia significa liberdade. Queremos mostrar para homens e mulheres machistas que nós temos nosso lugar e somos iguais aos homens. Há de haver esse respeito. A gente tem de sair na rua com a roupa que quiser”
A passeata chegou a ocupar cinco quarteirões da Rua Augusta, a caminho da Praça Roosevelt, onde o ato é finalizado.
Qual é a sua opinião a respeito da marcha? As reivindicações são legítimas? Quais poderiam ser adicionadas ou removidas? O modo como se manifestam é legítimo? Manifeste sua opinião e contribua para a construção do diálogo democrático.
Lígia Ferreira é analista de sócio-mecanismos.
Fonte: Folha Política