De acordo com o coordenador da Defesa Civil do Estado, o tenente-coronel Josenildo Acioli, o único município que decretou situação de emergência por falta de água foi Jucurutu, e o pedido inclusive, já foi homologado pelo Governo do Estado. A situação de emergência parte de um decreto da Prefeitura baseado em um relatório dadefesa civil do município, que relata as condições emergenciais da cidade. A Prefeitura pode pedir o reconhecimento federal. A reportagem tentou falar com o prefeito de Jucurutu para saber se foi feita uma solicitação ao Governo Federal, mas as ligações não foram atendidas.
O coronel salientou que apesar de não existirem vários decretos de emergência, a quantidade de municípios que participam da Operação Carro-Pipa é considerável. “O procedimento para ser incluso na Operação Pipa é o prefeito enviar um ofício ao secretário nacional de Defesa Civil pedindo a operação e mandar também vários dados, como a população afetada pela estiagem”, explicou. Entre o pedido e a chegada dos carros-pipa, o tempo médio de espera é de 30 dias. Atualmente são 71 cidades participando, mas não é possível saber o tempo exato que cada uma está dependendo do abastecimento, visto que quando chove o serviço dos carros é suspenso, podendo voltar diante da necessidade.
A disponibilidade de carros-pipa tem por objetivo atender a população com a distribuição de água potável nas localidades castigadas por períodos de seca. De acordo com o coronel Geraldo Pereira de Almeida Neto, coordenador da Operação Carro-Pipa executada pela 7ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, as unidade militares próximas aos municípios fazem, entre outras coisas, o reconhecimento do manancial que será usado para o abastecimento e realizam o levantamento da quantidade caminhões a serem utilizados na operação. “Nada impede que outros “pipeiros” contratados por outras instituições façam a distribuição de água”, lembrou.
É o caso de Luís Gomes, que para atender a população, a Prefeitura está junto com a Caern contratando caminhões de abastecimento. Conforme o prefeito Francisco Tadeu Nunes, desde novembro o município sofre com a seca e entrou na operação em janeiro, o que possibilitou dobrar o número de 9 para 18 carros. A cidade tem 19 reservatórios de 10 mil litros que são abastecidos pelos caminhões. Questionado sobre o motivo de ainda não ter decretado situação de emergência, o chefe do executivo disse que somente a adutora do Alto Oeste poderá resolver o problema da cidade. “O Governo já anunciou que irá retomar as obras da adutora”, completou. O período chuvoso de Luís Gomes comumente dura seis meses, sendo março a época que mais chove, o que não ocorreu este ano.