Após o confronto entre professores e a polícia, deputados da Assembleia Legislativa do Ceará aprovaram o reajuste salarial dos docentes estaduais de nível médio, na tarde desta quinta-feira (29), para R$ 1.187. Apesar da equiparação salarial ao piso nacional, os professores continuam acampados no prédio da casa legislativa e planejam uma assembleia geral, às 8 horas da manhã desta sexta-feira (30), para traçar novos rumos da manifestação. Três professores estão em greve de fome.
Segundo o APEOC (Sindicato dos Professores e Servidores no Estado do Ceará), a manifestação pressiona para que o cumprimento do piso nacional ocorra também para os professores que têm graduação e pós-graduação, como especialização, mestrado e doutorado.
De acordo com o secretário geral do APEOC, Juscelino Linhares, a matéria aprovada pela maioria dos deputados achatou de 14 para 10 o número de níveis no Plano de Cargos e Carreiras da categoria. “Essa aprovação do jeito que foi votada e aprovada só vem a fortalecer nosso movimento, pois continuaremos a greve. Não vamos aceitar esse achatamento dos níveis e a falta de contemplação dos demais professores da categoria. São poucos professores que têm nível médio e a grande maioria é graduado e pós-graduado”, disse Linhares, lamentando a forma que o Batalhão de Choque tentou dissipar a manifestação dos professores ocorrida nesta manhã.
“Imploramos que a votação não ocorresse, mas apenas quatro deputados foram solidários com a causa e a matéria foi aprovada. Não tinha como ter sangue frio de ver a votação e não tentar invadir o plenário. Não poderíamos deixar aquilo acontecer, mas apesar da nossa manifestação pacífica, porque somos educadores acima de tudo, fomos recebidos com truculência”.
Segundo Linhares, dois professores tiveram de receber atendimento médico e um deles está internado no Instituto José Frota com suspeita de fratura no crânio. “Muitos professores foram atingidos com spray de pimenta e dois saíram muito machucados”, completou.
Fonte: UOL Educação http://migre.me/5O5QB
Um país que não repeita o próprio professor e o trata como bandido, está fadado ao retrocesso e ao fracasso de seu sistema. É muito triste ler a matéria acima e muito difícil de não se indignar com tamanha falta de respeito e consideração para com o trabalhador/professor brasileiro.
O Governo do Ceará, assim como o Governo ROSA-DEM no RN não respeitam seus professores. Quem dirá esses deputados que aprovaram o piso que já é Lei no Brasil, porém não respeitando o nível de escolaridade dos professores. Atualmente são raros os professores no Brasil que tem Nível Médio (apenas Magistério), pois a própria LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira) exige que todo docente tenha no mínimo graduação, ou seja, que tenha NÍVEL SUPERIOR. Aí vocês me perguntam, não é contraditório, exigir graduação, pós-graduação e não PAGAR aos professores por terem se adequado às exigências da lei? Minha gente, é questão de lógica, se o professor é graduado, deve receber como tal. Por que então que a maioria dos governos dos estados e das prefeituras continuam assaltando os professores do Brasil?
Enquanto formos tratados com desrespeito, humilhação, e sem valorização profissional, a Educação do Brasil vai continuar sendo de baixa qualidade e tão pobre de caráter e de vergonha quanto os Deputados, Prefeitos, Governadores, Senadores Juízes e Promotores desse Brasil que finge que valoriza a educação.