Se é jovem, não tem experiência.
Se é velho, está superado. Se não tem automóvel, é um pobre coitado. Se tem automóvel, chora de “barriga cheia’.
Se fala em voz alta, vive gritando. Se fala em tom normal, ninguém escuta.
Se não falta ao colégio, é um ‘caxias’.
Se precisa faltar, é um ‘turista’.
Se conversa com os outros professores, está ‘malhando’ os alunos. Se não conversa, é um desligado.
Se dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se não brinca com a turma, é um chato.
Se chama a atenção, é um grosso.
Se não chama a atenção, não sabe se impor.
Se a prova é longa, não dá tempo. Se a prova
é curta, tira as chances do aluno.
Se escreve muito, não explica. Se explica muito, o caderno não tem nada.
Se fala corretamente, ninguém entende.
Se fala a ‘língua’ do aluno, não tem vocabulário.
Se sxige, é rude. Se elogia, é debochado.
Se o aluno é reprovado, é perseguição.
Se o aluno é aprovado, deu ‘mole’.
Por Jô Soares

