“Não vou ficar no bate-boca, mas o governo ligou o retrovisor e foi para 23 anos atrás, e uma lente de 23 anos termina dando distorções”, disse Iberê, questionado sobre a denúncia do dia, mais outra, onde o Ministério Público diz estar investigando – segundo manchete de jornal – a “transação financeira” entre o governo Iberê e o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.
A notícia se refere a um repasse de 7 milhões de reais autorizado pelo governo anterior para o TJ.
“Mas a governadora foi lá no Tribunal, e renegociou pra pagar em 10 meses. Se era ilegal como a governadora renegociou?”, provocou Iberê, que em nenhum momento da entrevista citou o nome de Rosalba Ciarlini, referindo-se à chefe do Executivo sempre como “governadora ou governo”.
Sobre greves no Estado, o ex-governador lembrou que esteve no mandato, em pleno ano eleitoral, quando as reivindicações são sempre maiores, mas que não enfrentou nenhuma greve.
“Quando a polícia acampou no Centro Administrativo eu desci a rampa, conversei com eles e abri o diálogo com eles”, disse.
Mais uma vez questionado sobre as acusações do governo atual à sua gestão encerrada no final do ano passado, Iberê não poupou ninguém:
“Eu não sei quem fala pelo governo. Tem hora que é o chefe da Casa Civil, tem hora que é o Procurador Geral. Outros dizem que quem fala mesmo é o marido da governadora e ela só cumpre agendas sociais como ir a quadrilhas e missas”.
Silêncio no front…o ex pegou pesado…
Tanto que ele próprio, quando encerrou a entrevista, pediu desculpas por ter sido tão…”veemente”.
Mas Iberê justificou que tudo isso estava lhe cansando e que ele iria à justiça sempre que fosse preciso.
“Não tenho receio, não tenho medo, medo de ninguém desse governo”…