DOR NO PEITO NEM SEMPRE É INFARTO. VEJA OUTRAS POSSÍVEIS CAUSAS, COMO IDENTIFICAR E O QUE FAZER

A dor no peito nem sempre é sintoma de angina ou infarto, podendo estar relacionada com problemas respiratórios, excesso de gases, crises de ansiedade ou fadiga muscular, por exemplo. Assim, o mais importante é observar quando a dor surge, qual o seu tipo e se está acompanhada por outros sintomas, como febre ou náuseas.

Assim, a dor costuma ser preocupante quando piora ao realizar esforço, ou quando vem junto com falta de ar, enjoo ou suor frio, e costuma estar relacionada ao músculo quando dói ao se apalpar a região. Já as dores em fisgada são mais frequentes em casos de excesso de gases que provocam pontadas no peito, que desaparecem e voltam a surgir. Entenda como diferenciar o infarto de outros tipos de dor em sintomas de infarto.

Como existem muitas possibilidade para uma dor no peito, é importante ir ao hospital sempre que ela demorar a passar, quando piora ao longo do tempo ou quando surgem outros sintomas como tonturas, suores frios, dificuldade para respirar ou dor de cabeça intensa.

Listamos aqui, as diferenças entre as principais causas de dor no peito, para que seja possível identificar e saber o que fazer cada uma:

1. Excesso de gases

Esta é possivelmente a causa mais comum de dor na região do tórax e não está relacionada com problemas no coração, surgindo frequentemente em pessoas que sofrem com prisão de ventre. O acúmulo de gases no intestino pode empurrar alguns órgãos abdominais, acabando por criar uma dor que irradia para o peito.

Como identificar: geralmente é uma dor em pontada aguda que desaparece, mas que volta a surgir repetidamente, especialmente ao dobrar sobre a barriga para pegar algo do chão, por exemplo;.

O que fazer: uma boa estratégia consiste em fazer massagens na região do intestino para ajudar a empurrar os gases, mas também se pode adotar uma posição que facilite a eliminação dos gases.

2. Ansiedade e estresse

A ansiedade, assim como o excesso de estresse provocam um aumento da tensão muscular nas costelas, além de aumentar os batimentos cardíacos. Esta combinação provoca uma sensação de dor no peito, que pode surgir mesmo quando a pessoa não se sente estressada, acontecendo mais comummente em quem está frequentemente estressado ou sofre de síndrome do pânico e ansiedade.

Como identificar: normalmente é acompanhado de outros sintomas como respiração rápida, excesso de transpiração, batimentos cardíacos acelerados, náuseas e, até, alterações no funcionamento do intestino.

O que fazer: tentar repousar em um local calmo, tomar um chá calmante, como valeriana, ou fazer alguma atividade de lazer, como ver um filme, jogar, ir na academia ou fazer jardinagem. Veja mais algumas dicas para acabar com a ansiedade e o estresse.

3. Dor muscular

As lesões musculares são muito comuns no dia-a-dia, principalmente em quem frequenta a academia ou faz algum tipo de esporte. No entanto, elas também podem acontecer após atividades mais simples como tossir muito ou pegar em objetos pesados. Além disso, durante situações de estresse ou medo, os músculos também podem ficar muito contraídos, resultando em inflamação e dor.

Como identificar: é uma dor que pode piorar ao respirar, mas que também é agravada ao rodar o tronco, para olhar para trás, por exemplo. Além de surgir após situações como as indicadas acima.

O que fazer: uma boa forma de aliviar a dor muscular é repousar e aplicar compressas mornas sobre a região dolorida. Também pode ajudar alongar os músculos do peito, colocando os dois braços esticados para trás e agarrando as mãos. Entenda como acontece uma distensão muscular e o que fazer para evitar.

4. Refluxo gastroesofágico

Pessoas que sofrem com refluxo gastroesofágico e não fazem uma dieta adequada têm maiores chances de sentir dor no peito frequente, pois está relacionada com a inflamação do esôfago que acontece quando o ácido do estômago chega até às paredes do órgão. Quando isso acontece, além de intensa queimação, também é possível sentir dor no peito.

Como identificar: na maioria dos casos é uma dor no meio do peito que surge acompanhada de queimação e dor de estômago, no entanto, também pode surgir com uma ligeira sensação de aperto na garganta, que acontece devido aos espasmos do esôfago.

O que fazer: tomar um chá de camomila ou gengibre, pois melhoram a digestão e diminuem a acidez do estômago, reduzindo a inflamação do esôfago. Além disso, pode-se tomar um antiácido, como Gaviscon, Pepsamar ou sal de frutas Eno. Fora da crise deve-se manter uma dieta leve, sem alimentos gordurosos ou picantes, por exemplo.

5. Úlcera no estômago

A dor provocada pela presença de uma úlcera no estômago acontece devido à inflamação das paredes do órgão e pode ser facilmente confundida com uma dor no coração, devido à proximidade dos dois órgãos.

Como identificar: é uma dor localizada no meio do peito, mas que pode também irradiar para o lado direito, dependendo da localização da úlcera. Além disso, é mais comum após as refeições e pode ser acompanhada de sensação de estômago cheio, náuseas e vômitos.

O que fazer: deve-se consultar um gastroenterologista quando existe suspeita de úlcera no estômago para iniciar o tratamento adequado com protetores gástricos, como Omeprazol, e evitar complicações como a perfuração. No entanto, enquanto se espera pela consulta pode-se aliviar os sintomas com um suco de batata. Veja a receita.

6. Problemas na vesícula

A vesícula é um pequeno órgão que fica do lado direito do estômago e que pode ficar inflamada devido à presença de pedras ou consumo excessivo de gordura, por exemplo. Quando isso acontecer, surge uma dor do lado direito do peito que pode irradiar para o coração, parecendo um infarto.

Como identificar: afeta principalmente o lado direito do peito e piora depois de comer, especialmente após ingerir alimentos mais gordurosos, como fritos ou embutidos. Além disso também pode surgir com náuseas e sensação de estômago cheio.

O que fazer: deve-se evitar comer alimentos gordurosos e beber bastante água.

7. Problemas nos pulmões

Antes de ser um sintoma de problemas no coração, a dor no peito é mais comum em alterações que acontecem nos pulmões, como bronquite, asma ou infecção, por exemplo. Como uma parte do pulmão se localiza no tórax e por trás do coração, essa dor pode ser sentida como sendo cardíaca, embora não o seja.

Como identificar: é uma dor que pode surgir do lado direito ou esquerdo do peito, mas que piora ao respirar, especialmente ao inspirar fundo. Também pode surgir sensação de falta de ar, chiado ou tosse frequente.

O que fazer: deve-se consultar um pneumologista para identificar a causa específica da dor e iniciar o tratamento adequado.

8. Doenças do coração

As doenças no coração, como arritmia, insuficiência cardíaca, inflamação do músculo cardíaco ou doença coronária, normalmente, não apresentam dor no peito, sendo mais comum o surgimento de outros sintomas cansaço excessivo ou palpitações. No entanto, com exercício mais intenso, esse tipo de problemas pode causar dor. Veja quais as 8 possíveis causas de dor no coração.

Como identificar: é uma dor que não aparece estar sendo causada por nenhum dos motivos indicados anteriormente e que vem acompanha de outros sintomas como alterações do batimento cardíaco, palpitações, inchaço generalizado, cansaço excessivo e respiração acelerada, por exemplo. Entenda mais sobre os sintomas das doenças cardíacas.

O que fazer: deve-se consultar um cardiologista para fazer exames ao coração e identificar se existe alguma alteração que possa estar causando a dor, iniciando o tratamento adequado.

9. Infarto

O infarto, embora seja a primeira preocupação de quem sofre com uma dor no peito, normalmente é uma causa rara, sendo mais comum em pessoas com pressão alta descontrolada, colesterol muito elevado, idade superior a 45 anos ou fumantes.

Como identificar: é uma dor mais localizada no lado esquerdo do peito, em forma de aperto, que não melhora passado 20 minutos, podendo irradiar para um dos braços, ou mandíbula, causando uma sensação de formigamento.

O que fazer: é recomendado procurar um pronto-socorro para fazer exames ao coração, como eletrocardiograma e Raio-x de tórax, para identificar se há infarto, e iniciar o tratamento, como medicamentos para a circulação, caso seja necessário.

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