POLÍCIA ACHA MATERIAL DE MAGIA NEGRA EM VEZ DE BEBÊ EXUMADO

Crédito : LiberdadeNews

A Polícia Civil de Mucuri, no sul da Bahia, acompanhou uma exumação nesta terça (12) e, em vez de achar o corpo de uma criança, se deparou com materiais semelhantes aos usados em rituais de magia negra. Segundo o delegado Charlton Fraga, que apura a situação, “dentro, tinha uma galinha preta, três corações bovinos, velas preta e vermelha, uma foto desbotada e uma camisa de algodão com gola redonda, além de uma pimenta”.

Ele explica que instaurou inquérito no dia 31 de outubro deste ano para investigar o enterro de uma criança na cidade, após receber uma notificação da Justiça pedindo investigação para o caso de uma família que solicitava o atestado de óbito de um bebê, de pouco mais de um ano, que já tinha sido enterrado. A polícia investiga ainda se a criança existe ou foi inventada.

Sepultamento – Segundo o delegado, “a mãe e avó da “criança fictícia” procuraram o coveiro para fazer sepultamento. Marcaram e não foram. No outro dia, à noite, quando o coveiro já tinha saído, fizeram o enterro. Daí o coveiro foi cobrar a declaração de óbito e nada. Elas foram ao cartório, mas a criança não tinha a certidão de nascimento. A tabeliã ficou desconfiada por não saber o lugar e a causa da morte, fez um relatório e mandou para a juíza, que me repassou e eu instaurei inquérito”, explica o delegado.

O coveiro e o administrador do cemitério já foram interrogados. “Em conversas preliminares com a mãe da criança, ela afirma que a criança existe. Não sei se inventaram a história para justificar o feitiço”, avalia. Fraga diz que precisa descobrir se a criança existe ou não. “Se não existir, a mãe responde por registro de nascimento inexistente. Se existe, preciso saber onde está e se está viva”, aponta.

Feitiço – Em depoimento nesta quarta (13), a mulher garantiu que as roupas encontradas no caixão são dela, assim como a fotografia. Ela disse também que o avô paterno do filho era quem cuidava da criança. Segundo a mulher, ele morava em um assentamento de terra na região de Mucuri e teria ligado para ela para saber como fazia um enterro. Depois desse dia, ela passou a não ter mais notícias do suposto filho, informou em depoimento.

A polícia afirmou que esteve no local nesta quarta (13) e não encontrou ninguém com as características informadas pela mulher. No assentamento, os moradores disseram à polícia que também não conheciam ninguém com o perfil apresentado. Ela disse que o pai da criança mora em uma cidade que faz divisa com o Espírito Santo.

Mesmo com todas essas justificativas apresentadas pela polícia, a mulher continuou dizendo que teve um filho e que a criança está sumida. A mulher afirmou que teve o filho na zona rural da cidade e que cinco pessoas assistiram ao parto, entre elas, a parteira. Uma parente dela informou à polícia que nunca viu a mulher grávida. A polícia aguarda os envolvidos para prestar depoimento.

Com informações do G1 – via Portal em Pauta

Deixe um comentário